É da vida, isso?

Vagabundo morreu, parece que há 20 dias. A perda é dimensão imutável da vida? É difícil lidar com isso. E o pior é que, assim como seu Manuel - pra quem escrevi um texto e ainda não botei aqui -, eu "ia" visitá-lo, mas não cheguei a tempo. O tempo... eu sempre apanhando dele. Parece que estou dormindo e não vou acordar nunca. Deve ser por isso que sonho tanto com aquela situação: eu tendo de acordar para ir a algum compromisso muito importante; já estou atrasadíssima, tento me arrumar depressa, mas meus movimentos estão slow. E como são lentos, enquanto me arrumo esqueço porque estou me preparando para sair, perco o norte e assim me atraso ainda mais. As pessoas com quem converso de uma hora pra outra mudam, já são outras. E eu lá, falando, andando, me perdendo no mei do mundo. É desesperador. Eu odeio sonhar isso, mas acontece desde muitos anos. Medo.
O que me conforta sobre o Vaga é saber que o salvei do assassinato no canil, há um ano e meio, mais ou menos. O seu uivo de gratidão foi impagável. Suely e Felipe sabem bem disso.

Bela madrugada
Céu, estrelas, pirilampos
Silêncio, nada!
(Dasso)

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